Nesse artigo quero brindar Petrolina com uma das figuras mais importantes do nosso Sertão brasileiro: Aroldo Ferreira Leão, como seu próprio nome sugere é um leão, metáfora empregada para dizer que esse arguto escritor é um feroz pesquisador, apaixonado pela literatura folclórica, extremamente regionalista, incansável divulgador das belezas de nossas terras.

Mas, quem é Aroldo? É um professor e escritor de talento. Nasceu em Parnamirim/RN em 12 de outubro de 1967, porém radicou-se em Petrolina. Ele Possui 140 livros publicados, 27 antologias, 1000 composições musicais, três literaturas infantis e duas de teatro, trechos de cordéis e, está em fase de construção a história de Petrolina. Aroldo é um extraordinário cidadão comum. Naturalíssimo, suas poesias transbordam feito cachoeira líricas que nos impressiona tanto pela quantidade, quanto pela qualidade dos seus versos.

O professor de matemática, Alarkon, muito conhecido na Região do São Francisco, assim se expressava a respeito dele: “O homem é um gênio”. Leão é engenheiro elétrico, servidor público da Secretaria da Fazenda, na Bahia, professor efetivo de matemática da UNIVASF, pós- graduado em literatura, doutorado em matemática em teoria dos números. Um grande estudioso, poeta, compositor, tem uma capacidade engenhosa de escrever e enaltecer o sertão. É brilhante nas dissertações dos seus temas, versátil e competente em buscar as verdades dos fatos, exímio comunicador na descrição dos acontecimentos, sem perder a robusta essência e lucidez daquilo que descreve.

Quantos Aroldos têm dentro de Aroldo? Simplificar em palavras a grandeza e a beleza contida nos textos dele, tarefa complicada para mim. Aroldo é daqueles que pensam rápidos, sabe parafrasear cada assunto com a largueza de conhecimento que dispensa comentários. Fico a pensar, como pode uma pessoa ter tempo para se dividir em tantas responsabilidades assim? Ora é escritor, ora é servidor, ora é pesquisador, ora compositor, ora poeta, ora historiador, ora professor, também estudante, pois participa de um grupo de estudo em São Paulo, relacionado à matemática.  Além disso, também bravamente se divide em dois doutorandos, um na área de EPISTEMOLOGIA E HISTÓRIA DA CIÊNCIA, o outro em TEOLOGIA SISTÊMICA, sobre o livro dos SALMOS.

Percebe-se também, mesmo com tanto acúmulo de atividades, encontra tempo para conhecer mais sobre a filosofia Bíblica, com ênfase na pessoa de JESUS CRISTO. Aroldo também é pai, é esposo, é cidadão do bem, fraternal amigo, dono de uma simplicidade tão exemplar que me sinto privilegiado por fazer parte do seu vínculo de amizade. Mais ainda, temos gostos em comuns, como um conjunto em intersecção, vez que aprecio o prazer pela literatura e o universo das palavras.

A magia e encanto dos números me atraem, assim como acontece com ele também.  O Brasil precisa conhecer Aroldo Ferreira Leão, bem como suas obras em sua totalidade.  As riquezas de detalhes e o a sensibilidade de falar das nossas terras nordestinas, valorizando a cultura regional, a caatinga com a sua fauna e flora, é o diferencial exuberante de suas antologias e poemas.  Sempre que me encontro com Aroldo, é um aprendizado. A gente fala em assuntos relacionados à matemática, os grandes nomes e os legados que nos deixaram, falamos das mentes brilhantes e, não esgota o nosso diálogo. Quando chegamos num ponto mais entusiasta da nossa conversa ficamos deslumbrados com tanta coisa linda que há para descobrir-se e divulgar, vejo nele esse desejo de compartilhar seus ensinamentos para as gerações vindouras.

Vi descerrar dos seus lábios a seguinte frase recentemente: “Damião, a humanidade é um bebê”. Foi quando entendi a grandiosidade de Euclides de Alexandria, um dos maiores matemáticos da Grécia Clássica de todos os tempos.

Dono de uma mente fenomenal, que num intervalo de 2500 anos antes de Cristo, já tinha conhecimento notório da matemática que tentamos compreender hoje. Tenho muito que vos falar dessa incrível pessoa cognominado Aroldo. São tantas coisas que correria o risco de me exceder e tornar o texto enfadonho e cansativo, consequentemente, perderia a objetividade. Seu livro lançado mais recentemente, “Lampião: UM ESTUDO DE BUSCAS E ESSÊNCIAS” foi pesquisa mesmo, com aproximadamente 203 fotos de informantes e entrevistados, de grande valor literário, texto brilhante e muito didático, tudo muito documentado e verdades históricas. Portanto, eu vos convido a conhecer suas preciosas pérolas publicadas, e, mergulhar intensamente com a emoção e a certeza de encontrar algo extraordinário e impactante.  Afinal de contas, Aroldo Ferreira Leão com disse o poeta, Virgílio Siqueira: “Não dá descanso à poesia, tem a garra e a voracidade das águias e a esperteza, leveza e doçura dos colibris”.

Antonio Damião Oliveira da Silva (damis.oliver@hotmail.com)

Graduado em Matemática FFPP

Guarda Municipal de Petrolina

Compartilhar: